As espumas de combate a incêndio serão proibidas?

As espumas de combate a incêndio serão proibidas? Essa é uma pergunta que começa a ganhar força entre profissionais que atuam com sistemas fixos de combate a incêndio. E ela faz sentido: países da Europa, Estados Unidos e Ásia já iniciaram restrições ou até proibições ao uso de espumas AFFF (Aqueous Film Forming Foam), especialmente por conterem substâncias altamente nocivas ao meio ambiente conhecidas como PFAS.

No Brasil, ainda não há uma proibição oficial, mas o cenário já aponta para uma mudança próxima. E quando a regulamentação chegar, quem não estiver preparado pode enfrentar custos altos, adaptações urgentes e até sanções ambientais.

O que está acontecendo com as espumas AFFF?

As espumas AFFF são eficientes no combate a incêndios com líquidos inflamáveis. Seu diferencial é a capacidade de formar uma película sobre a superfície do líquido, abafando o fogo com rapidez e controlando chamas com eficácia.

No entanto, sua composição inclui PFAS (substâncias per e polifluoroalquil) compostos altamente persistentes, que não se degradam naturalmente no ambiente e são reconhecidos mundialmente como poluentes preocupantes.

Esses compostos não apenas contaminam o solo e a água, como podem permanecer ativos por décadas, acumulando-se no organismo de pessoas e animais. O problema não está apenas no uso: vazamentos, descartes inadequados ou até o simples armazenamento prolongado podem gerar impacto ambiental significativo.

Veja como essa contaminação acontece:

A imagem acima mostra de forma simplificada como os PFAS presentes nas espumas AFFF podem atingir o solo e infiltrar-se até o lençol freático, contaminando fontes de água subterrânea e superficial mesmo após o uso, por meio do escoamento ou da reversão da espuma para solução líquida.

E o Brasil, vai proibir?

Ainda não existe uma proibição formal em vigor no país. No entanto, algumas iniciativas importantes estão em andamento:

O Projeto de Lei nº 2.726/2023 propõe regras para controle e monitoramento das substâncias PFAS.

A ABNT está revisando a NBR 10.004, incluindo parâmetros de descarte para resíduos contendo PFAS.

Isso indica que, mais cedo ou mais tarde, haverá exigência legal para substituição, descarte seguro e remediação ambiental.

Por que sua empresa deve se preparar desde já?

Mesmo sem uma data oficial, aguardar pode custar caro. Empresas que se preparam com antecedência evitam:

  • Interrupções de operação para adequações emergenciais
  • Despesas inesperadas com descarte e substituição
  • Sanções futuras por descumprimento de normas ambientais
  • Danos à imagem institucional por impacto ambiental

Existe alternativa segura?

Sim. A solução mais segura e ambientalmente correta são as espumas SFFF (Synthetic Fluorine-Free Foam) livres de flúor, com ótimo desempenho e sem os riscos associados aos PFAS.

A substituição pode ser feita de forma planejada, técnica e segura, com avaliação dos sistemas, estoques e necessidades específicas de cada operação.

A SiglaFire apoia essa transição

A SiglaFire acompanha de perto as atualizações normativas e ambientais, tanto no Brasil quanto no exterior. Nossa equipe técnica está pronta para ajudar você a:

  • Avaliar estoques e sistemas em uso
  • Planejar a substituição de espumas AFFF por SFFF
  • Realizar limpeza técnica de reservatórios e linhas
  • Atuar com responsabilidade e segurança ambiental

Antecipe-se à legislação. Proteja seu sistema e o meio ambiente com soluções seguras e sustentáveis.

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